Diferença entre sunitas e xiitas

Diferença entre sunitas e xiitas



A Diferença entre Sunitas e Xiitas é um assunto que, apesar de profundo, é bastante complexo. Embora ambos sejam ramos do Islã, eles diferem em teologia, prática religiosa e liderança.

A divisão entre sunitas e xiitas começou com a morte do Profeta Maomé, em 632 d.C. Os sunitas acreditam que o califa Abu Bakr foi o legítimo sucessor de Maomé, enquanto que os xiitas acreditam que a liderança do Islã deve passar por Ali, o primo e genro de Maomé.

Os sunitas são a maioria entre os muçulmanos, tendo cerca de 85###span#< da população islâmica. Eles acreditam que qualquer pessoa que seja justa, sábia e devota pode liderar os muçulmanos, desde que seja membro da tribo do Profeta. Os xiitas, por outro lado, acreditam que a liderança deve ser transmitida a partir de uma linhagem específica de descendentes de Maomé, e que a liderança religiosa deve ser exercida por xiitas qualificados.

Além disso, há diferenças significativas nas questões de prática religiosa entre sunitas e xiitas. Os sunitas adoram cinco vezes por dia, enquanto que os xiitas adoram três vezes por dia. Os sunitas também não fazem jejum durante o mês de Muharram, enquanto os xiitas fazem jejum durante esse mês.

Embora as diferenças entre sunitas e xiitas sejam profundas, elas não são irreconciliáveis. Ambos os grupos compartilham a mesma crença básica no Islã e ambos acreditam que Maomé foi o último profeta de Deus. Como tal, eles trabalham juntos para manter a unidade e a paz entre eles.

Sunitas e Xiitas são grupos islâmicos que desde a morte de Maomé estão separados e partes mais radicais de cada grupo muitas vezes promovem atentados terrorista contra o outro grupo.

Para falar da diferença entre xiitas e sunistas é necessário fazer alguns esclarecimentos  sobre o islã para ficar mais fácil entender.

Califado e califas

O Califado foi um estado religioso islâmico que se originou a partir da morte do Profeta Maomé, em 632 d.C. O Califado foi um sistema de governo que se estendeu por mais de 1300 anos. Seu governo foi geralmente exercido por um califa (um líder religioso islâmico).

O Califado foi o primeiro Estado islâmico e desempenhou um papel importante na expansão do Islã. Seus governantes governaram grandes territórios que se estendiam desde a Espanha até o subcontinente indiano. Durante muito tempo, o Califado foi um dos mais importantes Estados do mundo.

Os califas eram considerados como sucessores do Profeta Maomé e como líderes espirituais do Islã. Eles eram responsáveis por aplicar as diretrizes islâmicas, supervisionar as ações de seus governos, liderar as orações e nomear juízes para julgar os casos judiciais.

Os califas também eram responsáveis pela administração da justiça, pelo cumprimento das leis islâmicas, pelo controle das finanças e pelo desenvolvimento de sistemas de educação e saúde.

O Califado foi dissolvido em 1924, quando o Império Otomano foi derrotado na Primeira Guerra Mundial. Desde então, muitos países muçulmanos adotaram estilos de governo diferentes. No entanto, o papel dos califas ainda é reverenciado por muitos muçulmanos, que acreditam que seus sucessores devem desempenhar um papel de liderança espiritual.

O califado é uma unidade política e de liderança do islamismo, os membros desse território são governados pelo califa, que é o chefe maior desse Estado. Hoje em dia não existe mais o califado, os territórios são divididos em países e subdivididos conforme legislação de cada país como por exemplo, estados, províncias, cidades. 

Maomé


Maomé é considerado o profeta mais importante do Islã, uma religião que surgiu na Arábia há cerca de 1400 anos. Ele nasceu no ano de 570, em Meca, e aos 40 anos começou a receber mensagens do anjo Gabriel, que o instruíam a pregar o Islã.

Maomé passou os próximos vinte e cinco anos de sua vida pregando o Islã e liderando a comunidade muçulmana. Durante este período, escreveu o Alcorão, o livro sagrado do Islã, que reúne as palavras que recebeu do anjo Gabriel.

Maomé pregou a unidade e a igualdade dos homens, pregando também a devoção à Deus e ao próximo. Ele ensinou que todas as pessoas deveriam ser tratadas com dignidade e respeito, independentemente de sua raça, cor ou credo. Maomé também deu ênfase à igualdade entre os homens e as mulheres, incentivando à educação e proibição do casamento infantil.

Maomé também foi um grande líder militar, liderando numerosas batalhas contra seus inimigos. Ele morreu em 632 e foi enterrado na mesma cidade onde nasceu, Meca. Hoje em dia, Maomé é reverenciado como um dos grandes profetas da humanidade e seu legado continua vivo na cultura islâmica.

Maomé foi um líder religioso, político e militar árabe. Ele também é o último profeta de Deus, segundo os muçulmanos.

Muitos acreditam que os muçulmanos veem Maomé como um ser divido, mas na verdade eles tem consciência que Maomé é um ser humano, porém acreditam que ele é o mais perfeito entre os seres humanos.

Maomé tinha uma vida religiosa bem ativa, ele costuma se retirar para poder meditar em um monte próximo a Meca. Os muçulmanos acreditam que enquanto Maomé fazia um de seus retornos, ele foi visitado pelo anjo Gabriel que que o fez recitar os versos enviados por Deus, e após sua morte, estes versos foram integrados no corão.

sunitas


Os muçulmanos sunitas são o maior grupo de seguidores da religião islâmica. Representando cerca de 85###span#< da população muçulmana mundial, eles são os principais responsáveis pela disseminação do Islã ao longo da história.

Os sunitas acreditam que o profeta Maomé foi o último profeta de Deus e que ele foi escolhido como o porta-voz das revelações contidas no Alcorão. Além disso, eles acreditam que o Islã deve ser praticado seguindo a Sunna, que é um conjunto de práticas tradicionais baseadas nos ensinamentos de Maomé. Estas práticas incluem as cinco pilares do Islã, como oração, jejum, doação para caridade, oração na direção de Meca e pelo menos uma vez na vida uma viagem a Meca.

Os sunitas também acreditam que o califa, ou líder espiritual e temporal, deve ser escolhido por consenso entre os líderes religiosos. Os líderes sunitas também acreditam que a lei islâmica deve ser interpretada da maneira mais literal possível.

Em geral, os sunitas têm visões mais liberais do Islã do que outros grupos, e eles são mais tolerantes com outras religiões. Além disso, eles são conhecidos por aceitarem decisões tomadas por líderes religiosos, enquanto outros grupos são mais críticos.

No geral, os sunitas acreditam que o Islã deve ser praticado de uma maneira que seja justa e equitativa para todos os seguidores. Eles acreditam que o Islã deve ser praticado de forma coerente com os ensinamentos do Alcorão e da Sunna. Eles também acreditam que o Islã deve ser praticado de maneira a promover a paz.

O sunitas são o maior ramo do Islamismo, sendo que hoje representam mais de 80% dos muçulmanos no mundo. Esse grupo islão defendia no passado que o sucessor de Maomé como califa, fosse um representante escolhido pelo povo. A escolha do Califa na época era através de uma eleição na Majlis al Ummah, órgão que congregava as principais lideranças tribais. Naquela situação o escolhido foi Abacar, sogro de Maomé.

Os sunitas são um ramo do islão ortodoxo, mais tradicionais, inclusive a palavra sunita vem de "Ahl al-Sunna", as pessoas da tradição. 

xiitas

Os xiitas são um grupo religioso da tradição islâmica com grande presença na região do Oriente Médio. São um dos principais ramais do islamismo, e seus seguidores compõem cerca de 10###span#< da população muçulmana mundial.

Os xiitas acreditam que a liderança religiosa e política na comunidade muçulmana deveria ser exercida por um imã, descendente do profeta Maomé. Para os xiitas, o imã é o representante de Deus na Terra e o único capaz de interpretar corretamente o islã.

Os xiitas também compartilham algumas crenças e práticas únicas. Por exemplo, eles acreditam que os imãs deveriam ter poder executivo sobre os assuntos religiosos e políticos, e que a liderança religiosa deveria ser passada de pai para filho. Além disso, os xiitas acreditam que o Islã deve ser interpretado de forma distinta dos muçulmanos sunitas.

Os xiitas têm uma história complicada e conturbada. Após a morte do Profeta Maomé, eles passaram por várias guerras civis e perseguições religiosas, o que os levou a se estabelecer em vários países, como Irã, Iraque, Síria, Líbano e Paquistão.

Atualmente, os xiitas ainda são marginalizados em alguns países e enfrentam discriminação. No entanto, eles têm se firmado como uma força importante no islã e na política mundial.

Nos primórdios da história do islamismo o grupo conhecido como xiitas atuavam como um partido político, inclusive o nome xiita significa "Shiat Ali", ou partido de Ali. O grupo é pequeno e representa um pouco mais de 10 % dos muçulmaos, porem dependendo da região eles são a maioria.

O irão é o país com maior número de Xiitas, cm mais de 90% da população. Outros países com mais de 50 % da população xiitas, são o Azerbaijão, Barém e Iraque. 

Quando o profeta Maomé faleceu, os xiitas defendiam que o próximo califa deveria seguir a regra da hereditariedade, e no caso o nome escolhido deverias ser de o genro de Maomé, Ali.

Ali chegou a liderança do Islamismo, porem mais tarde. O sucessor de Maomé escolhido foi Abacar, um companheiro e amigo próximo de Maomé. Em 634, a morte de Abacar resultou na sucessão de Omar como o califa, seguido por Otomão e então Ali assumiu como o quarto Califa após Maomé, porem para os xiitas ele é o primeiro.

Autoflagelação

A autoflagelação é o ato de causa dor em si mesmo. Cada grupo ou pessoa que pratica o ato de castigar-se fisicamente tem um motivo particular. No islamismo a pratica do autoflagelamento é praticado pelos xiitas no dia da Ashura , que é quando os devotos lembram da morte de Hussein, neto de Maomé.

A autoflagelação é praticado por homens e crianças que utilizam lâminas, correntes e espadas durante os rituais.

Casamento temporário

Uma pratica muito bem aceita entre os xiitas é a do casamento temporário, que é um casamento que pode durar desde apenas poucas horas até alguns dias, e é usado principalmente durante viagens do homem. 

O casamento temporário é realizado por um clérigo islâmico, onde o homem paga uma taxa que é dividida entre o clérigo e a mulher.

Os sunitas condenam essa pratica, mas há indícios que Maomé era adepto e recomendava o casamento temporários ao soldados e companheiros.